sabato 6 settembre 2008

DN recorda Pavarotti a um ano do seu desaparecimento

Artigo publicado no jornal Diário de Notícias:
Luciano Pavarotti


A 6 de Setembro de 2007 desaparecia, vítima de cancro, uma das maiores vozes do canto lírico do século XX. Canto lírico que, como poucos, divulgou de forma incansável junto de novos públicos. No primeiro aniversário da sua morte, o mundo volta a prestar-lhe homenagem.

Desaparecido há um ano, Luciano Pavarotti foi, para muitos, 'o tenor do século'.

Alguém o definiu um dia como "um fenómeno da Natureza" - antes e depois dele, nenhum outro cantor lírico conseguira reunir a mesma mescla de talento, entrega, simpatia e capacidade de sedução que lhe conferiu o estatuto de um dos grandes ícones do século XX.

Há um ano, o mundo despedia-se dele, perante a notícia da sua morte aos 71 anos, vítima de um cancro no pâncreas: Luciano Pavarotti morria em Modena, sua cidade natal, mas não a sua voz e o seu legado. Em particular o papel que incansavelmente desempenhou na captação de novos - e quantas vezes inesperados - públicos para a ópera: com ele, também ela se tornou um fenómeno de massas.

Admirador confesso de Caruso, que considerava "o verdadeiro tenor do século", e apaixonado por futebol e canções napolitanas, convivera com a música desde os seus dias de menino por influência do pai, tenor amador. Nascido a 12 de Outubro de 1935, em Modena, Itália - a mesma cidade de nascimento da soprano Mirella Freni, com quem colaborou de forma regular -, foi justamente com o pai que se iniciou no canto lírico, acompanhando-o nas digressões do grupo coral que ambos integravam. Foi também o pai quem o incentivou a ir mais além, estudando, primeiro, com Arrigo Pola e, depois, com Ettore Campogalliani, enquanto trabalhava como professor e agente de seguros.

A sua estreia em palco, essa, dar-se-ia em 1961, no papel de Rodolfo, em La Bohème, de Puccini, compositor a que, tal como Donizetti e Verdi, daria voz como poucos. Dono de extensa discografia, com memoráveis colaborações - de Joan Sutherland a Karajan, passando por Sinatra - e passagem pelos principais palcos, Luciano Pavarotti levaria o canto lírico mais alto e mais longe, onde quer que estivesse, sozinho ou em parceria (Os Três Tenores, Pavarotti & Friends).

Portugal teve o privilégio de o receber duas vezes: em 1991, no Coliseu dos Recreios, na capital, e em 2000, no Estádio S. Luís, em Faro.

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