venerdì 5 settembre 2008

Simonetta Luz Afonso deixa Instituto Camões


Artigo de Leonor Figueiredo publicado no Diário de Notícias a 28 de Agosto último.



No final do mês, Simonetta Luz Afonso deixa o Instituto Camões e toda uma carreira na Administração Pública, 40 anos de serviço, "com muito gosto". "Vou dedicar-me à família - tenho uma neta de quatro anos que me faz grande companhia -, vou ler os livros que tenho para ler e as viagens que tenho para fazer. E cozinhar, um dos meus hobbies", confessa ao DN a historiadora, museóloga e conservadora, cuja carreira se ligou, desde o início, à difusão da cultura portuguesa.

De descendência italiana, Simonetta Luz Afonso teve no Programa Internacional da Emissora Nacional o primeiro emprego. Mas logo depois entrou como conservadora do Palácio da Pena e nunca mais deixou a área. "Quando estive no Palácio de Queluz fiz os primeiros cursos para restauradores que hoje são o núcleo da Universidade Nova", conta, assim como a promoção do "primeiro curso de gestão das artes, que ajudou a entender a gerir a coisa pública".

Mas foi a Europália, para qual trabalhou três anos, que deu maior visibilidade a Simonetta e proporcionou juntar 7500 fotografias do património nacional móvel, do Estado, da Igreja e dos privados. "A Europália foi um olhar renovado da Europa sobre Portugal, como cartão de visita".

À frente do Instituto dos Museus, de 1991 a 1996, reestruturou a rede de 31 museus "quando havia fundos comunitários, proporcionando fazer grandes obras, preparando-os para a internacionalização".

O Pavilhão de Portugal deu-lhe oportunidade para trabalhar com o arquitecto Siza Vieira, com quem, pouco depois, voltaria a reunir para a Feira de Hanover. "É importante que Portugal faça grandes eventos para chamar as atenções", opina.

Em 2007 ajudou na programação cultural da presidência portuguesa da UE. Mas os últimos quatro anos, à frente do Instituto Camões, foram a dirigir "uma equipa de luxo". Simonetta salienta os 300 leitores no mundo, a duplicação de países com quem trabalham e as 250 universidades, os 80 mil universitários a aprender português, a formação de intérpretes e tradutores , assim como o apoio a jovens artistas.

Reformada e sempre activa, disponibiliza-se. "Estou numa bolsa de voluntariado para ajudar em boas causas".





NOTA:
Em Itália, o Instituto Camões instituiu as seguintes cátedras:

Universidade de Bari - Cátedra David Mourão-Ferreira
Universidade de Bolonha - Cátedra Eduardo Lourenço
Instituto Universitário Europeu - Cátedra Vasco da Gama
Universidade de Pisa - Cátedra Antero de Quental
Universidade de Roma Tor Vergata - Cátedra Agustina Bessa-Luís
Universidade de Roma La Sapienza - Cátedra Padre António Vieira
Universidade de Roma Tre - Cátedra José Saramago
Universidade da Tuscia - Cátedra Pedro Hispano


A rede de docência do Instituto Camões estende-se ainda às seguintes universidades:


Universidade de Estudos de Áquila
Universidade da Calábria
Universidade de Bolonha
Universidade de Florença
Universidade de Forli - Escola Superior de Línguas Modernas para Interpretariado e Tradução
Universidade de Milão
Universidade de Nápoles - Instituto Universitário Orientale
Universidade de Nápoles Suor Orsola
Universidade de Pádua
Universidade de Parma
Universidade de Salerno
Universidade de Siena
Universidade de Trento
Universidade de Turim
Universidade Cà Foscari de Veneza

http://www.instituto-camoes.pt/rede-de-docencia/europa.html

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