venerdì 27 ottobre 2017

Portugal é MÁTRIA: Mauro Clementi



Pedimos aos nossos alunos de nível avançado do Instituto Português de Santo António em Roma para escreverem sobre algumas mulheres notáveis da cultura portuguesa. Mauro Clementi escolheu AMÁLIA RODRIGUES.
Obrigado, Mauro!


Amália Rodrigues, a Rainha do Fado ou também a Embaixadora da Alma Portuguesa, nasceu em Lisboa em julho de 1920 como Amalia da Piedade Rodrigues.
Na idade de escola primária ela já cantava e com 9 anos estreou-se em frente do público; também ela trabalhou muito cedo, como operária e vendedora de laranjas.
Aos 19 anos, depois de participar em muitos concursos amadores, ela torna-se cantora de fado professional no Retiro da Severa.
Este  é o início de uma longa carreira de mais de 50 anos. Na primeira parte desta carreira Amália participou em espetáculos de revista e também em operetas e começou a viajar pelo mundo inteiro (Espanha, Brasil, França etc.) cantando o Fado, mas também enterpretando muitas canções em línguas estrangeiras.
Com uma voz única, muito clara e áspera, o público ficou muito cedo apaixonado por esta imensa cantora. Em cena, a pequena Amáia trasformava-se num gigante que encantava os ouvidores.
Em 1945 ela gravou o seu primeiro disco em 78 rotações, o primeiro de cerca 170 discos!


Com 27 anos de idade, em 1947 Amália participou como actriz em dois filmes: “Capas Negras” e “Fado – História de uma cantadeira”.
Na década de 1950, a sua carreira cresceu ainda mais: concertos pelo mundo todo, outro filme (“Os amantes do Tejo”) e muitas gravações de discos.
Nos anos 60 ela mora mais frequentemente em Portugal e grava muitos discos aí. São estes os anos da melhor produçao musical de Amália, enterpretando, entre outras, canções com letras de importantes poetas portugueses (Camões, Pedro Homem de Mello, Ary dos Santos, David Mourão-Ferreira e Alexandre O'Neill).


Na primeira metade dos anos 70 ela veio muitas vezes cantar a Itália e além disso, gravou dois lindissimos discos em lingua italiana: “A una terra che amo” em 1973 e “Amália in Italia” em 1974. O primeiro destes é sobretudo interessante porque inclui canções antigas e dialectais, como “Vitti ‘na crozza”, “Ciuri ciuri” e “Tarantella”, aqui nos podemos ver a versatilidade desta grande artista.


Com a revolução de 1974 Amália sofreu um período de esquecimento por ser o Fado considerado um simbolo do antigo regime.
Na década  sucessiva ela grava outros discos, alguns com letras escritas por ela mesma. A sua voz fica mais quente e dolente que antes, mas come sempre faz vibrar e emocionar quem a ouve.
Em 1987 finalmente ela dá um grande concerto na sua Lisboa, no Coliseu.
Ela começa a sofrer de uma doença nas cordes vocais e por isto nos anos sucessivos a sua actividade torna-se menos frequente, e os discos são compostos principalmente de velhas gravações.
Em 1995 Amália grava com o cantor e violista Roberto Murolo duas pérolas da musica napoletana: “Anema e core” e “Dicintencello vuje”, estas são proavelmente das últimas gravações de Amália, que vai morrer a 6 de outubro 1999, na sua casa em Lisboa.
Amália Rodrigues descansa no Panteão Nacional, na ingreja de Sanra Engrácia.


MAURO CLEMENTI

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