A nossa aluna e amiga, e grande voz do Fado em Itália, ISABELLA MANGANI, está no Brasil a fazer uma experiência interessante como tradutora:
Eis algumas linhas da mensagem que nos mandou...
«Tutto il mio soggiorno, durante il quale attraverserò sei stati, è incentrato sui laboratori del cicuito Lanagro, che fa riferimento al Ministero per l'agricoltura.
Praticamente tengono sotto osservazione gli animali (soprattutto volatili) e li sottopongono a continue analisi per studiare la diffusione di vari virus, tra cui il famigerato H1N1, quello dell'aviaria.
A proposito, ho un po' di tosse... ;-)
Il tecnico con cui lavoro è venuto a installare nuove attrezzature acquistate con i fondi per l'armonizzazione messi a disposizione dall'Unione Europea.
E ora veniamo a noi: ho detto che mi avevano chiamato per lavorare con l'inglese e che il portoghese era solo un "valore aggiunto", no? Ecco... invece se non parlassi portoghese non avremmo potuto fare NULLA fino ad oggi, dal prendere un taxi al tenere la formazione per gli strumenti installati!Infatti dopo i primi due giorni mi sono decisa a tenere anche la formazione in portoghese, ed è andata bene. Ora vedremo qui nel laboratorio di Goiania come andrà, visto che ci saranno molte più cose da installare e non sono sicura di poter imparare tutta la terminologia scientifica portoghese in un batter d'occhio.
Comunque, per nostra soddisfazione, mi chiedono tutti se sono portoghese ^.^Tuttavia confesso che sto già cercando di adattarmi un po' di più alla pronuncia e ad usare qualche parola che è tipicamente brasiliana, altrimenti faccio la figura della "portoghese snob"!
Ma lo sapevi che qui "pequeno almoço" non esiste?? Se lo dici non ti capisce quasi nessuno! E così tante altre parole. Quando tornerò ti farò un sacco di domande, perché devo capire se alcune cose che imparo qui sono eminentemente brasiliane oppure sono uguali anche in portoghese ma magari io non le conoscevo... Mi sto segnando tutto quello che noto, poi ti dico.
Come va il corso? Salutami tutti e dici ad Alessandro che ogni volta che in laboratorio vedo una tavola degli elementi in portoghese penso a lui, lusofilo che insegna chimica.
E il teatro? State leggendo tante belle poesie di Manuel Alegre?
L'altro giorno sono andata sul blog e ho visto che avete fatto l'incontro con uno dei quattro artisti in mostra, deve essere stato interessante. Ed è bella anche la poesia che hai messo per Pasqua!
A parte il fatto che qui il sole non si vede... Le giornate sono molto strane, in un giorno solo ci sono le quattro stagioni! Abbiamo già assistito a varie tempeste di fine estate, ma qui tutti se la ridono e dicono che non è niente... chissà a cosa sono abituati! A me sembravano piogge molto pesanti!
(...)»
Alguns colegas decidiram responder à Isabella, mandando-lhe através deste blog pequenas mensagens de simpatia e amizade:
VILMA
Querida Isabella, espero que tu estejas muito bem. Lamento a tua ausências nas aulas e estou desejando abraçar-te. Espero também que tu possas voltar antes do fim do curso. Aproveita os dias que têm quatros estações num só e divirte-te na tua estadia de além-mar. Até breve.
IVANA
...e tra un samba e l'altro, cara Isabella, non dimenticarti del "nostro fado" o forse l'hai già adattato al ritmo carioca? Scherzi a parte, grazie per i saluti che contraccambio.
CRISTIANO
Querida Isabela, como estás? Gostei da carta que enviaste. Gostas do Brasil? Aposto que te encanta o sotaque brasileiro…
Na tua ausência fizemos a apresentação sobre a fado, fiz ouvir as canções, mas faltava a voz de uma cantora ao vivo - que és tu! Acho que quando regresares, vais estar a falar “carioca” e na esperança de te ver o mais cedo possivél, digo-te:
Pe, pe, pe, pe, pe
Pe, pe, pe, pe, pe
Brasil
Pais tropical,
ay ay caramba,
ay ay caramba
começando a andar
começando a andar…
todos os dias de SAMBA, minha colega!!! (com a ponúncia do Brasil). Um abraço.
GERMANA
Querida Isabella, lemos o teu e-mail e quero dizer-te que invejo esta bela experiência que estás a fazer. Fizemos somente algunas aulas contigo mas impressionou-me a tua esplêndida pronúncia portuguesa; faz favor de não a mudar. Muitos desejos de tudo de bom e, se podes, volta a escrever depressa.
1 commento:
Queridos!
Obrigado pelas mensagens carinhosas que escreveram e obrigado ao Francisco por ter publicado a minha.
Não se preocupem, o meu sotaque é ainda muito português, embora haja quem diga que já pareço brasileira, mah! Acredito que essas pessoas são simplezmente gentis e faltam um bocado de Sprachgefühl...
O que eu faço para ajudar a mútua compreensão é esforçar-me muito com os Ds e os Ts, mas o típico S português ainda insiste em sair da minha boca (e eu com certeza é que não lho impeço!).
Sabem, não é tanto a pronúncia que me preocupa quanto o léxico: são muitas as palavras diferentes e – pior ainda – muitas as palavras iguais com sentido diferente (por exemplo “propina”, pesquisem na Wikipedia...). Quando eu voltar, vou precisar da vossa ajuda para me mergulhar novamente no Português de Portugal, possivelmente guardando os meus novos conhecimentos brasileiros para usá-los nos contextos adequados.
No que diz respeito à música, caro Cristiano, o que se ouve nos lugares públicos não é nem muito samba nem nuita bossa nem muito choro, mas sim música sertaneja que – para explicar com palavras de brasileiros, não minhas – é mesmo “música de corno”... ehm! Quer dizer: contos de traição, com letras e músicas que eu julgo um bocado banais (ou “meio banais”, como diriam aqui). Ainda bem que em Belo Horizonte pude sair com a minha amiga Melissa e passar dois serões musicais maravilhosos: ela é cantora também, mas naqueles dias não tinha concertos em programa, portanto fomos ver e ouvir dois trios brasileiros fantásticos! Em Campinas conseguímos ouvir um concerto de samba, que bom que foi! Em geral, vejo que o nível profissional dos grupos musicais que tocam até nas lanchonetes é mesmo muito alto.
Tenho muitas coisas para vos contar, mas espero fazê-lo ao vivo em breve.
Vossa colega e amiga Isabella
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