mercoledì 29 novembre 2017

VANESSA CASTAGNA e "A viagem dos Argonautas"





Abbiamo appreso da poco che VANESSA CASTAGNA, docente all’Università Ca’ Foscari, già docente presso la Scuola Superiore di Lingue Moderne per Interpreti e Traduttori (Università di Trieste), e la Facoltà di Lettere e Filosofia dell’Università di Pavia (avendo anche prestato servizio a Ca’ Foscari e all’Università di Padova all’interno della rete del Camões IC), i cui interessi si rivolgono principalmente alla didattica della lingua portoghese, alla traduzione, pratica e oggetto di studio e teorizzazione, e all’intercomprensione tra lingue romanze, partecipa anche regolarmente al blog A VIAGEM DOS ARGONAUTAS con una sua “Carta de Veneza”.


Ecco qui l’ultima lettera veneziana pubblicata in questo interessantissimo sito, la cui visione consigliamo ai nostri lettori:



CARTA DE VENEZA – VENEZA, NOUTROS SENTIDOS – por Vanessa Castagna 

in

https://aviagemdosargonautas.net/2017/11/27/carta-de-veneza-veneza-noutros-sentidos-por-vanessa-castagna/

Pode haver deslumbramento sem visão? Estamos tão habituados a uma perceção sensorial dominada pela imagem visual que dificilmente nos ocorre a possibilidade de sermos guiados por um cego à descoberta de uma cidade de arte, muito menos de uma cidade labiríntica como Veneza. Mas Veneza é uma cidade que tem muito para contar através de todos os sentidos, merece ser tocada, acariciada, cheirada, intuída.

Descodificar o meio que nos envolve significa também saber ouvir todas as suas sonoridades e o seu silêncio, orientar-se pelo cheiro do pão e do peixe, tocar as suas pedras e os seus mármores, pisar e reconhecer o seu chão ou deixar-se embalar pelas águas dos canais a bordo de um sandalo.

A relação entre perceção sensorial (não visual) e a arte foi explorada durante a passada Bienal de Veneza pelo artista catalão Antoni Abad, que, num evento colateral da importante exposição, apresentou uma cartografia sonora da cidade sob o título “Catalonia in Venice: a Veneza que não se vê”, recebendo o apoio do Institut Ramon Lull. Em particular, o pavilhão catalão propôs um mapa sonoro dado por um conjunto de gravações que define um percurso reconhecível e seguro para as pessoas com problemas de acessibilidade, baseando-se nos sons e nos cheiros percecionados e mapeados pelos cegos.

Trata-se, também, de um work in progress, destinado a enriquecer-se pela contribuição de todos os interessados e acessível através de uma aplicação digital (Blindwiki) que constitui um arquivo imaterial capaz de entretecer uma rede de histórias, lugares e memórias, graças ao qual quem vê se deixa conduzir por quem não vê pelos olhos mas pela evocação de outros sentidos.


 

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