lunedì 19 aprile 2010

Alessandro Cannarsa: Mais umas ideias sobre “parabolizar vs. efabular“


Mais umas ideias sobre “parabolizar vs. efabular“...

1) a imensa cultura jurídica latina, com a sua atenção à nitidez linguística, à “denotação”, foi herdada pelo Império de Oriente com Justiniano e pela Igreja Católica para a construção do seu edifício dogmático; é possível que, na área dominada por o mundo árabe, com a sua magmática realidade política, a ligação ao mito e à lenda do seu povo, o interesse pela filosofia grega (sobretudo o “fabulador” Platão) dos seus intelectuais, tenha desenvolvido maioritariamente a “conotação” semântica (oxalá…);


2) se assim é, é possível que nesta área ocidental e marginal da România se tenha criado uma relação entre “diegese” e “discurso” da narração (o que em italiano se chama de “fabula” e “intreccio”) um pouco diferente e original;


3) em todos os casos estou de acordo com o Stefano**: o jeito “periférico” de ver a realidade tem a ver com uma compreensão “outra” do que está próximo e do que está longe (não é por acaso que o mesmo Pessoa disse: “A minha pátria é a língua portuguesa”).

**
http://viadeiportoghesi.blogspot.com/2010/04/falando-fabulando-de-stefano-valente.html


ALESSANDRO CANNARSA

1 commento:

Stefano Valente ha detto...

Acho que a observação do Alexandre seja muito pontual - e assinale-nos pelo menos um outro "território" de investigação: o da influência da cultura árabe (dos tradutores dos filósofos gregos)...