martedì 26 aprile 2016

Poesia para Violante: Eugénio de Andrade por Giuseppe Favella



Alunos e ex-alunos do Instituto Português de Santo António ofereceram a Violante Saramago Matos  poesia no dia da finissage da sua exposição romana: “O improvável mundo de Alice”. Aqui deixamos as poesias que foram lidas e os nomes de quem tão generosamente contribuiu para esta festa emocionante em honra da pintora e escritora portuguesa.

 
Giuseppe Favella



CANÇÃO
de Eugénio de Andrade

Tu eras neve.
Branca neve acariciada.
Lágrima e jasmim
no limiar da madrugada.

Tu eras água.
Água do mar se te beijava.
Alta torre, alma, navio,
adeus que não começa nem acaba.

Eras o fruto
nos meus dedos a tremer.
Podíamos cantar
ou voar, podíamos morrer.

Mas do nome
que maio decorou,
nem a cor
nem o gosto me ficou.

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